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Home office exige rigorosa política de segurança digital

Com a escalada de casos confirmados do novo coronavírus (Covid-19) em todo o Brasil, órgãos governamentais e de saúde determinaram uma quarentena com o chamado distanciamento social, fazendo com que muitas empresas passassem a liberar seus funcionários para trabalhar em regime de home office. Afinal de contas, o trabalho remoto é uma das saídas possíveis para mitigar o contágio. Entretanto, é necessário se adaptar aos novos hábitos para manter a segurança de dados e informações da empresa, uma vez que muitos colaboradores não dispõem de todas as ferramentas necessárias para ficar protegido.

É preciso levar em consideração que, ao atuar dessa forma, o funcionário está retirando dados e informações de um ambiente seguro. E isso certamente está sendo levado em consideração por cibercriminosos, ávidos por toda e qualquer brecha e oportunidade. Pelos monitoramentos que realizamos, é possível afirmar que o coronavirus não apenas está colocando a saúde das pessoas em cheque, como também sendo usado como isca para propagação de malware e outros tipos de ameaça.

Em meio a esse cenário, é necessário criar – se a empresa ainda não tiver – uma rigorosa política de segurança da informação e um sistema de proteção adequado para blindar o ambiente digital corporativo. A área de TI deve determinar regras claras sobre os procedimentos que devem ser adotados pelos trabalhadores, como quais os tipos de site, softwares e hardwares podem ser usados pelo colaborador. É indispensável implementar uma conexão segura com o ambiente da empresa e o ideal é que seja feita por uma VPN (Virtual Private Network, ou seja, uma rede de conexão exclusiva e criptografada) com as devidas restrições de acesso dos usuários.

Como afirmei, cibercriminosos estão aproveitando a pandemia para fazer ataques. Com isso, redobrar a atenção, desconfiar de todo e qualquer link recebido, além de checar minuciosamente os e-mails e sites acessados são dicas importantes. Atenha-se também aos remetentes e proíba acesso a páginas que não tenham o ícone do cadeado localizado no lado direito da barra de endereço, sinal que atesta que o endereço é seguro. Instale e mantenha as atualizações mais recentes dos sistemas operacionais e de aplicativos.

O cuidado com o equipamento físico também é algo que devemos ficar atentos. Lembre-se sempre de bloquear a tela do notebook quando precisar sair da frente dele e tenha cuidado com os assuntos sensíveis, principalmente ao participar de uma conference call. Por fim, ainda vale mencionar que promover um diálogo constante também é uma excelente alternativa. Explique aos funcionários sobre os riscos aos quais eles estão expostos se as medidas de segurança necessárias não forem tomadas. É primordial que ele tenha consciência de que é parte integrante da política de segurança corporativa.

É importante que tais iniciativas sejam implementadas e seguidas rigorosamente, caso contrário, é inevitável que a sua empresa sofra um ataque cibernético. Empresários de sucesso afirmam que nas piores crises surgem as melhores oportunidades. Aproveite então para promover uma revolução em sua cultura de segurança organizacional. Estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que o trabalho remoto deve crescer 30% após a estabilização dos casos do novo coronavírus e, consequentemente, a retomada das atividades. O levantamento mostra que a adoção do regime de home office é um caminho sem volta. E, já que será assim, se resguarde com medidas de Segurança Digital para que a sua única preocupação seja o vírus que circula no ar.

*Thiago Bordini é diretor de inteligência cibernética do Grupo New Space

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