Os avanços na área de Tecnologia da Informação fizeram com que o cidadão se tornasse protagonista da chamada medicina preventiva, que tem o foco na antecipação do surgimento da doença ou no seu diagnóstico mais precoce. Isso faz com que o tratamento seja promovido com mais agilidade.
Sendo assim, a discussão sobre atualização do modelo de saúde deve estar pautado na promoção da mesma – ao contrário do que acontece hoje, onde o modelo usado é o de suporte. É preciso que os gestores de hospitais públicos e privados, pensem na saúde dentro de um contexto preventivo, onde o foco e atenção a saúde deixe de ser reativo, com foco sempre em evitar a hospitalização. E para ajudar na implantação desse novo modelo, as ferramentas tecnológicas seriam fundamentais.
Tecnologia na prevenção de doenças: mudança de paradigma
Com essa mudança de paradigma, a tendência é que o paciente, passe a se engajar e se preocupar mais com prevenção do que com o simples tratamento da doença. O cenário modifica-se, com a preocupação voltada para o bem-estar e o cuidado com a vida de uma forma mais equilibrada e harmônica.
A velocidade e o volume de informações geradas todos os dias na Saúde fazem com que se tenha, cada vez mais, a necessidade de tecnologias com capacidade de interpretar, capturar e cruzar dados em tempo real.
Dentro deste contexto, cada vez mais, as tecnologias como IA e Big Data ganham protagonismo. O volume de dados gerados, sobre a vida do paciente, como predisposições a doenças, hábitos alimentares, procedimentos cirúrgicos realizados e hábitos físicos, passam a ser o principal ativo nas ações de medicina preventiva, e, quando aplicados e processados com IA e Big Data, dão condições de uma acuracidade nunca alcançada antes.
As tecnologias disponíveis hoje trazem, então, um cenário de bem-estar para médicos, hospitais e pacientes. Através de aplicativos mobile e soluções web, onde são armazenados dados como histórico familiar, prontuários, exames e prescrições médicas, é possível que os médicos de todas as especialidades façam buscas, agendem consultas e enviem avisos por SMS e e-mail.
O engajamento do paciente, aliado a prática médica, podem ajudar por exemplo, em prevenção a doenças crônicas, como a hipertensão e diabetes. Com a ajuda de APP’s, o paciente disponibiliza as informações de sua vida e elas ajudarão o médico a identificar ou prevenir a enfermidade, além de poder escolher o tratamento mais eficiente para o caso.
O uso da tecnologia pode ainda ajudar na diminuição do número de internações e consultas, principalmente por conta do aumento de expectativa e qualidade de vida.
Através da tecnologia, clínicas, laboratórios e hospitais são capazes de manter contato com os pacientes de maneira mais rápida, econômica e fácil.
Estamos no século XXI e é inaceitável que a Saúde em vários municípios brasileiros ainda esteja, em sua maioria, utilizando caneta e papel apenas. Investimento em tecnologia é crucial para dar mais qualidade aos atendimentos para a população.
Sendo assim, é preciso que os gestores em Saúde fiquem atentos em tudo o que há de mais moderno nessas novas tecnologias para o setor. Isso representará uma considerável melhora, inclusive, na qualidade do atendimento, no uso do tempo dos médicos e na redução dos valores gastos em tratamentos pelos pacientes.