O Hospital de Câncer de Londrina (HCL), referência nacional em tratamento oncológico, inovou na tecnologia de automação de processos de dispensação de medicamentos e materiais médicos, apostando na implantação de dispensários eletrônicos. O projeto visa à eficiência nos processos assistenciais, de gestão e de logística farmacêutica.
Por meio do envolvimento multiprofissional das equipes de Farmácia, Enfermagem, Informática e manutenção, o hospital buscou no mercado um parceiro referência em automação e robótica hospitalar que fosse capaz de atender aos requisitos de controle,
agilidade e segurança no processo de implantação nas Unidades de Internação Clínica e Cirúrgica.
De acordo com Pedro Magalhães, gerente de Negócios da área de Farmácia e Automação da Sisnacmed, hoje em dia, o equilíbrio entre processos assistenciais e operacionais é uma tarefa desafiadora nos hospitais. Os dispensários eletrônicos integrados ao ERP das instituições garantem que os medicamentos sejam entregues corretamente, com segurança, e disponibilizados no menor tempo possível ao paciente.
Segundo Edmilson Garcia, gestor administrativo do HCL, o hospital, que hoje conta com uma área total de 22 mil metros quadrados, vinha recebendo reivindicações por parte dos profissionais referentes à melhoria no proces- so de entrega de medicamentos, principalmente nos casos de dor dos pacientes oncológicos. Atualmente, tal processo é eficiente em diversas áreas da instituição.
Implantar farmácias-satélites seria a solução não apenas para melhorar esse indicador, como, também, para reduzir gastos com materiais e medicamentos. Mas, analisando o processo, visando ao melhor cus- to-benefício e de olho nas inovações do mercado, vislumbramos a possibilidade de realizar esta ação por meio de dispensários eletrônicos
Edmilson Garcia, gestor administrativo do HCL
O projeto veio ao encontro dos recentes investimentos que o hospital tem implementado em aprimora- mentos de processos e pessoas, por meio da cultura Lean Healthcare. “Desafios são muito bem-vindos, até porque, dentro da metodologia Lean Six Sigma, nosso gestor de Suprimentos tem a formação Green Belt. Foi muito gratificante ver a apresentação dos resultados de melhoria”, afirma o gestor administrativo.
A escolha da tecnologia ocorreu a partir de pesquisa e análise de projetos de automação em diferentes pontos da cadeia logística. “Alguns dos grandes di- ferenciais na tomada de decisão foram os benefícios no controle de estoque e integração com o ERP da instituição”, conta o coordenador da área de Supri- mentos, Alex Sandro Meredick.
Antes do projeto, o prazo para atendimento de uma prescrição urgente, desde a separação até a entrega à Unidade de Internação, podia chegar a 30 minutos. Hoje, com a implantação da tecnologia e com os medicamentos e os materiais disponíveis Instantânea- mente para retirada pelo profissional de Enfermagem no próprio setor, foi possível constatar um índice de redução de prescrições urgentes para a farmácia central superior a 87%.
“A melhoria em termos de logística é evidente, e o principal beneficiado é o paciente, que é atendido com mais celeridade e eficiência”, atesta Meredick.
O sucesso da operação foi tão significativo que a instituição decidiu ampliá-la para outros setores. “Já iniciamos a ampliação para mais duas unidades. E as ações não param por aí: queremos avançar para outras áreas da instituição, haja vista a celeridade e o controle na dispensação de insumos”, finaliza o coordenador de Suprimentos.